Considerado um dos destinos turísticos mais disputados no Sul do Brasil, a paradisíaca Bombinhas, detentora de certificados internacionais por conta da qualidade de suas exuberantes praias, enfrenta um grave problema.
O menor município do Brasil investiu forte nos últimos anos em infraestrutura e drenagem, impedindo que esgoto in natura escoasse para as praias da cidade e preservando o ecossistema local.
Inclusive, estes investimentos garantiram com que Bombinhas saísse praticamente intocada após as duas enchentes de novembro e dezembro de 2022. Pouquíssimos pontos de alagamento foram registrados na cidade e não houve registros de esgoto sendo despejado no mar.
Entretanto, reportagens consideradas pela Prefeitura de Bombinhas como sendo caluniosas tentam induzir os leitores a acreditar que as praias bombinenses estão impróprias para banho. Essas matérias utilizam como fonte os relatórios de balneabilidade do IMA. E é aí que mora o perigo.
Segundo as análises dos mesmos laboratórios que concedem o certificado “Bandeira Azul”, Bombinhas tem, sim, balneabilidade e suas praias estão, portanto, próprias para banho. Um jornal da região de Itajaí publicou a informação de que a praia do Mariscal teria perdido o certificado, todavia, a informação é inverídica.
No mesmo dia em o IMA divulgou ter feito coletas em Bombinhas, o laboratório AquaVita também coletou amostras nas praias do Ribeiro, Conceição, Quatro Ilhas e Mariscal. A análise bate de frente com o relatório do IMA e comprova a qualidade das águas.
A metodologia de coleta das amostras deve ser discutida neste mês entre o governo estadual e o IMA. O deputado estadual Carlos Humberto (PL) e o deputado federal Jorge Goetten (PL) levaram ao governador Jorginho Mello (PL) pedido do Sindicato dos Hoteis, Bares e Restaurantes de Balneário Camboriú (Sindisol) pra que seja revisto o modelo de coleta.
Há um entendimento do município de Balneário Camboriú, por exemplo, de que as amostras não deveriam ser feitas após as fortes chuvas, como as ocorridas no final de novembro e dezembro, pois a sujeira trazida pelas enxurradas comprometeria o resultado das análises e mantém as praias impróprias de forma incorreta.
Para Goetten, Balneário é “vítima” de uma “injustiça” porque as enxurradas alteram a qualidade da água da praia. “Não podemos tolerar injustiça! Por isso, levamos o pedido do Sindisol ao governador Jorginho, para que essa situação seja resolvida e os trabalhadores do turismo , de BC e toda Santa Catarina não sejam mais vítimas desse problema”, disse.
Ainda segundo prefeitos de municípios litorâneos de SC, apesar de inúmeras solicitações para que o IMA preste esclarecimentos acerca da forma como são realizadas as coletas, não há, até o momento, a devida resposta.