As recentes precipitações pluviométricas que assolaram o estado do Paraná, decorrentes de uma área de baixa pressão que originou um ciclone na costa sul-rio-grandense e a subsequente frente fria, causaram um fenômeno impressionante nas Cataratas do Iguaçu. Informações atualizadas revelam que, na manhã deste sábado, a vazão das famosas quedas d’água alcançou a cifra notável de 17,1 milhões de litros por segundo, de acordo com a medição efetuada pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) às 10 horas da manhã.
Este incremento significativo contrasta com os números registrados na mesma hora do dia anterior, que mostravam uma vazão de 10,5 milhões de litros por segundo. A comparação com a média habitual de 1,5 milhão de litros por segundo ilustra a grandiosidade do evento atual, situando-o em um patamar onze vezes acima do convencional.
A última ocasião em que se viu uma vazão comparável foi na segunda-feira passada, quando as Cataratas impressionaram com 24,2 milhões de litros por segundo, superando inclusive o volume das inundações de 2014 e marcando um dos índices mais elevados da história do Parque Nacional. O recorde absoluto, entretanto, permanece sendo os 46,3 milhões de litros por segundo das enchentes de 2014, seguidos pelos 35 milhões do El Niño de 1983.
No tocante às medidas de precaução, a passarela que conduz ao mirante da Garganta do Diabo está interditada, enquanto os demais pontos de observação da Trilha das Cataratas seguem acessíveis ao público. Ressalta-se a importância da compra antecipada de ingressos pela plataforma digital do parque para aqueles que desejam presenciar este espetáculo natural.
Especialistas da Urbia Cataratas e agentes do ICMBio continuam com o monitoramento constante da região, especialmente atentos ao comportamento do Rio Iguaçu. As chuvas, que têm sido monitoradas nos últimos quatro dias, registraram índices pluviométricos significativos em diversos municípios paranaenses, com destaque para os 490 mm em Dois Vizinhos, evidenciando a severidade do fenômeno meteorológico atual.
