Uma surpreendente e perigosa aparição agitou as águas de Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina, quando uma água-viva de espécie rara foi avistada no mar. O registro foi feito por João André Baltazar, um pescador local, que testemunhou o fascinante momento enquanto praticava sua atividade na última quinta-feira (8).
O curioso avistamento chamou a atenção não apenas pela raridade da espécie, mas também pelo potencial perigo que ela representa. A água-viva em questão pertence à espécie Tamoya haplonema e é considerada altamente venenosa, de acordo com Charrid Resgalla Júnior, oceanógrafo da Univali.
O especialista alerta para a presença de uma toxina poderosa presente nesse tipo de medusa, que pode causar reações na pele, além de marcas e até mesmo reações sistêmicas, como dor, náuseas e vômitos. Em outras partes do mundo, medusas da mesma família são conhecidas por causar até mesmo a morte.
A aparição dessa espécie incomum desperta curiosidade e preocupação entre os especialistas, uma vez que sua presença nas praias brasileiras é considerada rara. No entanto, o registro feito por Baltazar mostra a presença de duas águas-vivas da mesma espécie, o que ressalta ainda mais a importância de monitorar atentamente esses animais e os possíveis riscos que podem representar para banhistas e pescadores.
A Tamoya haplonema é mais comum em regiões de águas frias, como no Uruguai, e embora sua aparição em Santa Catarina possa ocorrer durante o inverno, ainda é considerada pouco frequente. Diante disso, é fundamental que as autoridades e os frequentadores das praias estejam cientes desse fato e tomem as devidas precauções para garantir a segurança de todos.
Apesar da beleza singular dessas criaturas marinhas, é crucial lembrar que sua presença representa um perigo real. Portanto, é imprescindível que os banhistas sigam as orientações das autoridades locais e evitem o contato direto com essas águas-vivas, a fim de garantir a segurança e o bem-estar de todos os frequentadores das praias de Porto Belo.
