Renata Protta, de 26 anos, voluntária no Rio de Janeiro, compartilhou nas redes sociais uma série de objetos bizarros, e até mesmo desrespeitosos, encontrados durante a triagem de doações destinadas ao Rio Grande do Sul. As chuvas e enchentes que atingiram o estado deixaram milhares de pessoas desabrigadas, levando à criação de diversos pontos de coleta de donativos por todo o Brasil.
Entre os donativos, ela encontrou algemas de sex shop, gorro de Papai Noel, acessórios para vaquejada, colar havaiano e um sapo de brinquedo.
Ao Uol, a voluntária relatou que a quantidade de doações inadequadas foi tão grande que decidiu criar quadros chamados “Coisas bizarras que eu achei fazendo triagem das doações pro RS”.
Renata destacou a importância da solidariedade, mas criticou a falta de sensibilidade de algumas pessoas que enviaram itens inúteis. A voluntária descreveu indignação ao encontrar uma fantasia de presidiário e comentou sobre a desumanidade de se entregar algo assim a quem perdeu tudo.
“É desanimador e eu diria que até constrangedor. Por outro lado, fico feliz que esses itens tenham caído na minha mão e não na dos desabrigados. Imagina que desumano você perder tudo, ficar preso em um abrigo e ainda te darem uma roupa de presidiário para dormir?” desabafou Protta em entrevista ao UOL.
Além desses objetos, Renata mencionou outros itens incomuns como mangueiras, canudos, agendas escritas, porta-retratos, apontadores, baterias, meias encardidas, suportes de madeira e acessórios de crochê.
“Infelizmente, achei coisas ainda mais bizarras. Dentro de uma caixa, encontrei mangueira, canudo, agenda escrita, porta-retrato, apontador, bateria, meia encardida, suporte de madeira e acessórios de crochê,” disse ainda.
Ela enfatizou que as doações devem ser de itens essenciais como produtos de higiene pessoal, roupas íntimas novas, água potável, produtos de limpeza e alimentos.
Para os animais de estimação, ração é necessária.
Renata reforçou a necessidade de conscientização sobre a gravidade da situação dos desabrigados e pediu que as doações sejam feitas com responsabilidade, focando nas necessidades reais daqueles que estão enfrentando essa tragédia.
O estado gaúcho já registra quase 200 mortos. Doações não são descartes.