Terezinha Adelina Soares Rosa, carinhosamente chamada de “Tete”, é uma das professoras mais queridas de Tijucas. Natural da cidade, ela, que tem 78 anos e está aposentada, contribuiu com a alfabetização de centenas de alunos. Foram aproximadamente 27 anos lecionando. Desfrute da história de superações e conquistas dela no quadro Brincando de Contar Histórias:
Realização de um sonho
“Toda a vida tive sonho de ser professora”, diz Terezinha. E isso, segundo afirma, é por conta dos pais, José Martins Soares e Adelina Vasco Soares. “O sonho deles era dar estudo aos filhos. Tenho um grande orgulho por tudo isso”.
Ela conta que começou na área aos 16 anos, em 1960. “Ingressei como substituta no Oliveira”. Dona Terezinha explica que ficou hospedada na casa do senhor Arthur e a dona Dora, um casal muito amigável, já que a residência deles era mais próxima à instituição. “Fiquei lá por um ano. Vinha em casa, no bairro Praça, só duas vezes por ano, porque tinha que vir a pé ou de carroça”.
“Difícil, muito difícil. No ano seguinte, em 1961, fui transferida para o colégio Valério Gomes, localizado no bairro Praça. Fiquei lá por uns meses e depois fui transferida para o Cruz de Souza, onde atuei por 25 anos”.
Professora por 27 anos
Dona Terezinha se aposentou em 1987 e alfabetizou centenas de alunos com muito carinho e amor. “Quando me aposentei já iam fazer 27 anos incompletos que estava lecionando. Me considero uma professora muito dedicada e carinhosa aos alunos. Fazia de tudo por eles”.
Para entregar o melhor para os seus ‘pupilos’, a querida professora se empenhou – e muito. “Fiz vários cursos em Florianópolis e Brusque, de especialização em alfabetização”
Ela conta que, além disso, estudou no colégio Espírito Santo, com freiras do Divina Providência de Florianópolis. “Era um colégio muito famoso na época, muito famoso. Aprendemos muitas coisas boas, por isso acho que fui essa professora dedicada, devido ao ensinamento das irmãs. Fiz o curso normal ali”, contou.
Centenas de alunos
A professora enfatiza o quão é feliz por tudo que passou. “Foi em 1965 que nos formamos no normal, dia 5 de dezembro. Depois, quando me formei como normalista, já estava casada com Osmar Salustiano Rosa. Continuei sendo professora, trabalhava 20 horas semanais, depois trabalhei 40 horas e terminei minha carreira assim”, explica.
E aos 43 anos ela pode olhar para a sua caminhada e perceber que centenas de alunos passaram por ela. “Pegávamos turmas muito grandes, eram 39, 40 alunos. E assim foi minha vida”, explicou.
“Uma pessoa realizada”
Terezinha conseguiu conquistar seus sonhos e, por isso, considera-se uma pessoa realizada. Ela conta que, além da educação, atuou como voluntária na paróquia de Tijucas. “Hoje eu me considero uma pessoa muito realizada, por tudo que fiz. Foi muita dedicação. Trabalhei na paróquia por mais de 25 anos, como voluntária, dando catequese. Fiquei 12 anos como coordenadora da Mãe Peregrina no município”.
E o belo trabalho dela alcançou todos os cantos de Tijucas. “Visitei todos os bairros, fiz um trabalho lindo. Como sou muito católica, fiz um trabalho maravilhoso com todas as pessoas que conheci”, diz, orgulhosa.
Mãe dedicada e amorosa
Mãe de quatro filhos – Carlos Marcel Rosa, Edson Luiz Rosa, João Batista Rosa e Paulo Henrique Rosa -, dona Terezinha, além de se dedicar à carreira profissional, também zelou bastante pela educação dos mesmos. “Criei meus filhos. Dei educação para eles e dava muita atenção. Brincava com eles, era muito determinada nas coisas”.
Homenagem merecida
No próximo dia 31, segunda-feira, acontece a homenagem anual pelo Dia dos Professores na câmara de vereadores de Tijucas. Neste ano, o parlamentar Claudemir Bigodinho escolheu dona Terezinha. Será lido um texto com a história dela e de outros 12 docentes. No final, para fechar com chave de ouro, os políticos oferecerão um coquetel.
Dona Terezinha merece isso e muito mais por seus anos de batalha e formação de pequenos cidadãos. Hoje, muitos moradores devem a ela o caminho que trilharam. Por mais profissionais dedicados assim.