A Justiça determinou que o aplicativo de mensagens Telegram seja suspenso imediatamente pelas operadoras de telefonia e lojas de aplicativos após a plataforma não entregar à Polícia Federal os dados de contatos e administradores de um grupo com conteúdo neonazista.
O Telegram havia entregado parte dos dados pedidos na última sexta-feira (21), mas se recusou a fornecer os números de telefone.
A PF investiga a interação do assassino de um ataque a uma escola em Aracruz com grupos antissemitas pelo Telegram e pediu que a plataforma entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar conexões e se houve influência no crime.
A Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.
O envolvimento de grupos extremistas em casos de violência em escolas vem sendo investigado pelo Ministério da Justiça desde o caso de Aracruz.
A PF descobriu a conexão entre grupos neonazistas e adolescentes com influência para violência em escolas, tendo encontrado grupos em São Paulo e Goiás recrutando jovens no Maranhão.
A investigação da PF gerou uma série de operações que tinha como alvos adolescentes e adultos, sendo um deles um adolescente em Monte Mor, no interior de São Paulo, encontrado com diversos objetos nazistas, além de uma réplica de arma de fogo.