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Primeiro ouro do Brasil nas Olimpíadas, perdeu avó há um mês da competição

Nesta sexta-feira, a judoca Beatriz Souza brilhou ao conquistar a medalha de ouro na categoria acima de 78 kg dos Jogos Olímpicos de Paris.
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Foto: Alexandre Loureiro/COB

Nesta sexta-feira, a judoca Beatriz Souza brilhou ao conquistar a medalha de ouro na categoria acima de 78 kg dos Jogos Olímpicos de Paris. A atleta, que se tornou a primeira brasileira a alcançar o topo do pódio nesta edição dos Jogos, não conseguiu conter as lágrimas ao dedicar sua vitória à avó falecida.

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Optando por não ter sua família presente na França, Bia se emocionou ao ver seus parentes por chamada de vídeo logo após a conquista. “Eu consegui. Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi pela vó. É para a vó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo, obrigada”, disse a jovem judoca, com a voz embargada.

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A trajetória de Beatriz Souza é um exemplo de perseverança e paixão pelo judô. Motivada pelo pai, que também era atleta, Bia deixou sua cidade natal, Itariri, no interior de São Paulo, aos 13 anos, para seguir seu sonho olímpico. Em Paris, ela mostrou sua força desde o início. Na estreia, venceu Izayana Marenco, da Nicarágua, com um ippon em menos de um minuto. Na sequência, avançou ao superar Hayun Kim, da Coreia do Sul, no golden score e garantiu sua vaga nas semifinais.

Na fase decisiva, Bia derrotou Romane Dicko, da França, número um do ranking mundial, para garantir sua presença na final. Lá, a brasileira triunfou sobre Raz Hershko com um waza-ari e conquistou o ouro.

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Embora esta tenha sido sua primeira participação olímpica, Beatriz Souza chegou a Paris com altas expectativas. Classificada como quinta no ranking mundial, ela já havia conquistado dois pódios em campeonatos mundiais e foi eleita a melhor judoca do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no ano anterior.

A vitória de Beatriz Souza marca a sétima medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, sendo a terceira no judô. Além do ouro de Bia, o judô brasileiro já garantiu uma prata com Willian Lima na categoria até 66 kg e um bronze com Larissa Pimenta nos 52 kg feminino. O Brasil também conquistou duas pratas com Caio Bonfim, na marcha atlética, e Rebeca Andrade, na ginástica artística, além de dois bronzes com Rayssa Leal, no skate street, e a equipe feminina de ginástica artística.

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