O Tribunal do Júri de Palhoça, na Grande Florianópolis, condenou um árbitro de rodeio a 14 anos de prisão pelo homicídio de um competidor do torneio de laço. O crime ocorreu em julho de 2021, no bairro Guarda do Cubatão, e foi motivado pela insatisfação do réu com a eliminação do competidor.
No momento em que o competidor Rafael Gilberto de Souza Campos, de 20 anos, foi eliminado do torneio, ele questionou o árbitro sobre as regras, especialmente sobre a armada. Isso resultou em uma discussão entre os dois. Após não ter seu pedido atendido, Rafael se afastou do local, mas retornou montado em seu cavalo para confrontar o árbitro.
Aproveitando-se da distração da vítima, o árbitro desferiu vários golpes de faca nas costas de Rafael, incluindo uma manobra de torção que causou um traumatismo cardíaco fatal. Após o crime, o réu fugiu do local e foi capturado dez dias depois no Rio Grande do Sul.
O Conselho de Sentença reconheceu a qualificação do crime como motivo fútil, por ter sido motivado por uma discussão prévia sobre as regras da competição, e por meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi atacada pelas costas. Além da pena de prisão, o réu também foi condenado a pagar R$ 80 mil aos sucessores de Rafael como indenização.
O réu estava preso preventivamente desde sua captura no Rio Grande do Sul e teve seu pedido de recurso em liberdade negado. A condenação reforça a gravidade do crime e a necessidade de responsabilização pelos atos cometidos.
