O tsunami na costa leste do Japão em 11 de março do ano de 2011 segue trazendo sofrimento para as vítimas. Uma dessas pessoas é Yasuo Takamatsu, que perdeu a esposa, Yuko, durante a tragédia marcada por ondas de 10 metros de altura.
Mesmo 11 anos após a tragédia, Yasuo mergulha semanalmente na expectativa de encontrar os restos mortais da esposa em Onagawa.
De acordo com informações do jornal Asahi Shimbun, o japonês de 65 anos encara uma profundidade de 30 metros na busca de pistas que apontem onde estaria o corpo da esposa.
Depois de dois anos de buscas em terra firme, ele se agarrou na esperança e conseguiu uma licença de mergulho no ano de 2013.
“É muito cedo para minha família desistir. Continuarei procurando por pistas sobre a minha esposa”, disse ele à AP em 2021.
O casal teve dois filhos. Yasuo se aposentou da Força Aérea de Autodefesa do Japão em 2010. Em casa, passou a levar a esposa para o trabalho diariamente.
De acordo com ele, no dia em que aconteceu o terremoto, em seguida um tsunami ganhou força, ele recebeu uma mensagem de Yuko: “Você está bem? Eu quero ir para casa”.
O desaparecimento
Por causa da mensagem, ele acreditou que a esposa estava segura, o que não aconteceu. Um conhecido do marido de Yuko contou que viu os funcionários do banco em que a japonesa trabalhava sendo arrastados pela força do tsunami através do telhado da filial.
Mesmo que até o momento só tenha recuperado o celular da esposa, Yasuo declarou que continuará as buscas enquanto “conseguir se mexer”.
Caso similar
Em 2011, quase dez anos depois do tsunami que devastou Fukushima, no Japão, em 11 de março de 2011, a polícia japonesa afirmou que o corpo de uma mulher até então desaparecida no desastre foi encontrado.
O corpo da vítima foi encontrado em uma praia da cidade de Higashimatsushima, que fica ao norte de Fukushima. Identificada como Natsuko Okuyama, a mulher tinha 61 anos quando faleceu no tsunami.
“Restos de um esqueleto, incluindo um crânio, foram encontrados em 17 de fevereiro”, declarou às autoridades em um comunicado à época. Esse foi o primeiro corpo desaparecido encontrado após 2012.
De acordo com o publicado pelo UOL, o corpo da vítima foi identificado apenas há alguns dias de completar uma década.
Para nomear a identidade daquele copo, especialistas realizaram análises de DNA e dentárias nos restos mortais encontrados. Através das pesquisas, foi possível descobrir que era Natsuko Okuyama.
Na época, o filho da mulher disse à agência de notícias Kyodo que estava grato pelas autoridades terem encontrado o corpo de sua mãe. “Estou muito feliz que minha mãe reapareceu na véspera do 10º aniversário, Isso vai me permitir colocar minhas emoções em ordem e seguir em frente”, afirmou.
Tsunami em Fukushima
O terremoto e tsunami é considerado o pior desastre nuclear que o Japão já viveu. Por causa do derretimento de três reatores na usina nuclear de Daiichi, mais de 100 mil pessoas tiveram que sair de suas casas.
No entanto, o desastre ambiental foi ainda mais fatal, causando 15.899 mortes, segundo um levantamento feito em dezembro de 2020 pelo Japão.
De acordo com informações da AFP, a água, que parte da usina de Fukushima, deverá ser despejada gradualmente no Oceano Pacífico a partir do ano de 2023.
Já neste ano foi noticiado que a A Tepco, órgão que regula atividades envolvendo energia nuclear no Japão, aprovou um plano para liberar mais de um milhão de toneladas de água contaminada com trítio no oceano.
Na época, o fenômeno que atingiu a região foi considerado o sétimo maior terremoto já registrado na História.
Fonte: Aventuras na História
