Moradores de Balneário Camboriú se reuniram neste domingo (23) em uma manifestação pedindo por justiça após a morte de uma jovem de 24 anos por dengue hemorrágica.
A mãe da vítima, Larissa Henckel, alega que houve negligência por parte do Hospital Ruth Cardoso, um dos locais em que a jovem procurou atendimento antes de falecer.
Cerca de 50 pessoas se juntaram no Parque Ecológico Raimundo Gonçález Malta, no bairro Municípios, usando camisetas brancas com a foto de Larissa, inclusive o filho dela, de apenas 5 anos de idade.
O grupo caminhou até a frente do hospital, onde houve um momento de oração e gritos com a frase “Chega de negligência. Justiça por Larissa”.
De acordo com Janaína Henckel, mãe da vítima, em nenhum momento os médicos falaram sobre a possibilidade de ser dengue e teriam dito se tratar de ansiedade. No entanto, a prefeitura nega essa informação e afirma que a paciente chegou a ser medicada para os sintomas da doença e houve coleta de material para exame.
No domingo em que morreu, Larissa chegou a passar por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu hidratação e um eletrocardiograma antes de ser liberada.
No entanto, preocupada com o estado da filha, Janaína pediu dinheiro emprestado para levá-la a um hospital particular, onde a jovem faleceu após sofrer duas paradas cardíacas.
A mãe da vítima afirmou que somente após o óbito veio a informação de dengue hemorrágica, constatada pelo hospital privado.
A prefeitura informou que realizou coleta para teste da paciente, mas só recebeu na última quinta-feira (20) a confirmação do exame com resultado positivo para dengue. Ainda não se sabe em qual cidade o óbito será contabilizado, já que Larissa morava em Camboriú.
A manifestação da família de Larissa mostra a indignação com a falta de informação e assistência médica adequada no caso da jovem, o que levou à sua morte.
Prefeitura explicou atendimento à Larissa
Na última quarta-feira (12), a paciente compareceu no PA da Barra onde foi atendida e medicada.
No dia seguinte, a paciente foi à UPA das Nações sendo atendida pelo médico em menos de uma hora, tempo satisfatório considerando que, na triagem, foi classificada na cor Verde.
A paciente em questão procurou o Pronto Atendimento do Hospital Ruth Cardoso no sábado (15). Ela foi avaliada e apresentava sinais e sintomas sugestivos de dengue, sem sinais de alarme.
Além disso, apresentava sinais vitais estáveis e em bom estado geral, ficando em observação.
Com resultado normal dos exames realizados, a paciente foi liberada com medicamentos sintomáticos e orientações de que se houvesse sinais de alarme retornasse de imediato ao Hospital.
No domingo (16), a paciente retornou para a UPA e foi atendida, sendo classificada novamente com a cor Verde, já que estava com sinais vitais estáveis.
O médico que a atendeu solicitou um eletrocardiograma e hidratação. A paciente foi liberada na sequência. A esta altura, já havia sido feita a coleta para o diagnóstico de dengue, e a paciente estava sendo tratada com os procedimentos necessários em caso de suspeita da doença.