A participação da cantora Aymeê Rocha na semifinal do reality show gospel ‘Dom Reality’ vem gerando intensa repercussão nacional nos últimos dias. Em sua emocionante apresentação, Aymeê interpretou sua música autoral intitulada “Evangelho de Fariseus”, onde aborda questões urgentes que permeiam não apenas o universo religioso, mas também as esferas ambientais e políticas, tanto no Brasil quanto globalmente.
Em um trecho marcante da canção, ela menciona os desafios enfrentados na Ilha de Marajó, no Pará, destacando os problemas socioeconômicos e o tráfico sexual de menores: “Enquanto isso, no Marajó, o João desapareceu, esperando os ceifeiros da grande seara”.
Após a apresentação impactante, Aymeê é questionada por um dos jurados sobre a inspiração por trás da música. Com coragem e firmeza, a jovem cantora compartilha informações alarmantes sobre a realidade na Ilha de Marajó: “Marajó é uma ilha próxima a Belém, minha terra. Lá, há um grande tráfico de órgãos e casos graves de pedofilia. As condições socioeconômicas são precárias, e as crianças, desde muito novas, são expostas à exploração sexual por turistas”.
Nos últimos dias, a Ilha de Marajó tem estado no centro das discussões em todo o país, levantando questionamentos sobre a eficácia das medidas adotadas pelas autoridades para combater esses crimes e proteger os mais vulneráveis.
Em outubro de 2022, durante um culto evangélico, a então ministra Damares Alves fez revelações chocantes sobre a situação na Ilha de Marajó, mencionando casos de tráfico de crianças para o exterior e abusos sexuais extremos. Essas declarações resultaram em uma notícia-crime contra Damares, movida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), por possível prevaricação diante das denúncias de abuso sexual de menores na região.
Esses eventos reacendem o debate sobre a proteção das crianças e a responsabilidade das autoridades em enfrentar esses graves problemas sociais.
