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“Enquanto a mãe não vê o corpo, o filho continua vivo”, desabafa bombeiro de Tijucas após missão em Santa Catarina

O sargento Luiz Carlos Veronezi foi convocado para compor força-tarefa que atuou nas buscas pelas vítimas da tragédia ocorrida em Rodeio/SC
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Lorran Barentin / JR

Quem observa os dias ensolarados registrados nesta semana, nem imagina que dias atrás, parte de Santa Catarina era devastada por uma enchente. O município de Rodeio, em especial, foi devastado. Por lá, cinco pessoas faleceram, dando noção do tamanho da tragédia. Segundo os dados da Defesa Civil local, mais de 9 mil pessoas foram afetadas.

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Diante dos estragos, o lado humanitário catarinense entrou em cena, mais uma vez. O Corpo de Bombeiros organizou e convocou militares para atuar nas buscas pelas vítimas. Entre eles, estava o tijuquense Luiz Carlos Veronezi, sargento que atuou na Capital do Vale por 21 anos, mas que hoje serve ao quartel de Porto Belo.

Ele participou das buscas por duas vítimas. Um homem, de 50 anos, e de uma menina, de apenas um aninho. Alaerte Borba de Paula foi encontrado na manhã da última sexta-feira (21). Já a criança, foi localizada somente nesta terça (24), uma semana após a tragédia.

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A pequena Helena estava em casa com o pai, de 30 anos, e a irmã, de apenas 4. Em determinado momento, a casa foi arrastada pela enxurrada. Os três faleceram.

Segundo o sargento Veronezi, foram cinco dias intensos de buscas, com trabalhos de até 14h por dia. O intuito era permitir que a mãe da menina – que já havia perdido sua residência, o marido e as duas filhas -, tivesse a oportunidade de velar e sepultar sua a pequena Helena.

“Nós estávamos na ânsia da busca pela Helena. A busca da dignidade. Entregar um filho para que a mãe pudesse velar. Enquanto o filho não é velado, não é enterrado, ele nunca morre. A mãe sempre acha que ele está vivo. Nós devíamos isso para a mãe, para a comunidade e para a sociedade que estava ansiosa pelo encontro da Helena”, afirmou em lágrimas.

Experiente em resgates como esse, o bombeiro acredita que a situação de Rodeio era muito similar a de Brumadinho, em Minas Gerais, onde o militar também atuou, após o rompimento de uma barragem, em 2019.

“Encontramos um cenário devastador. Tivemos mais de 10 pontos de deslizamento, 400 solicitações de ajuda. Encontramos uma área de um quilômetro de deslizamento, mais dois quilômetros de córrego. Toda essa área foi completamente removida e revirada metro a metro. Foi uma operação grande, que se assemelhava muito com Brumadinho/MG”, explica o sargento.

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