Um dado preocupante emerge no panorama familiar catarinense: em 2023, o estado registrou 4.695 crianças sem o nome do pai em seus registros de nascimento, marcando um aumento de 2,2% em relação a 2022. No total, foram 97.497 nascimentos em Santa Catarina.
Paralelamente, no Brasil, dos 2,5 milhões de nascidos no mesmo ano, 172,2 mil apresentaram pais ausentes, um aumento de 5% em comparação com os 162,8 mil registrados em 2022.
Estes dados foram fornecidos pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), acessados através do Portal da Transparência do Registro Civil.
Os registros ausentes de paternidade são aqueles realizados apenas em nome da mãe, mas que permitem a indicação do suposto pai para o início do processo de reconhecimento judicial de paternidade. O reconhecimento também pode ocorrer voluntariamente diretamente em Cartório.
Nos últimos três anos, Santa Catarina acumulou 13.762 registros de pais ausentes, com Florianópolis e Joinville, as maiores cidades do estado, registrando pequenas quedas.
No contexto regional, o Norte do país apresentou a maior proporção de pais ausentes, com 10%, seguido do Nordeste com 8%. Enquanto isso, o Sudeste liderou em números absolutos com 57.602, representando 6% do total, igual porcentagem observada no Centro-Oeste. O Sul teve a menor proporção, com 5%.