Catarinense mantém tradição de família com veículo movido a lenha

Em Benedito Novo, um Chevrolet 1951 vem chamando atenção por onde passa, não só por sua estética vintage, mas também pelo seu funcionamento. Este carro, que já foi um táxi em Daial, foi adaptado para ser movido a gasogênio, um sistema que converte materiais sólidos, como lenha, em gases combustíveis.

Em Benedito Novo, um Chevrolet 1951 vem chamando atenção por onde passa, não só por sua estética vintage, mas também pelo seu funcionamento. Este carro, que já foi um táxi em Daial, foi adaptado para ser movido a gasogênio, um sistema que converte materiais sólidos, como lenha, em gases combustíveis.

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A adaptação foi uma criação artesanal de Arnoldo, o falecido pai de Elemer, que se inspirou nos sistemas populares dos anos 40, durante a Segunda Guerra Mundial, quando o mundo enfrentava escassez de combustíveis fósseis. Arnoldo, que tinha cerca de 12 anos durante a guerra, decidiu reviver essa tecnologia antiga na sua velhice, contando com a ajuda de Elemer, então com 18 anos. “Tinha uns livros, mas nos livros ele diz que não entendia muito bem, então resolveu fazer por conta dele mesmo, como ele entendia,” explica Elemer.

O processo de funcionamento do carro é tanto complexo quanto fascinante. Antes de iniciar a viagem, Elemer posiciona uma bucha em chamas na entrada do queimador. A sucção criada pelo ventilador carrega a chama para dentro do gerador, acendendo o sistema que, através de válvulas internas, permite ajustar a mistura de gases necessária para cada uma das quatro marchas do veículo.

“É como um fogão a lenha, simplesmente usamos a fumaça da lenha que sai pelo chão”, detalha Elemer. O carro possui um compartimento traseiro que além de armazenar a lenha, conta com filtros para limpar a fuligem e o alcatrão antes de chegar ao motor. Esse cuidado garante que o sistema não entupa e que o carro possa rodar cerca de 3,5 quilômetros com cada quilo de lenha, totalizando uma autonomia de 80 quilômetros por carga.

Esse Chevrolet especial já percorreu cidades como Curitiba, Lages e Florianópolis, principalmente em exposições. Elemer, que utilizava o carro para tudo na época de seu pai, agora guarda a relíquia como uma lembrança preciosa. “Não vende ele de jeito nenhum, ele vai ficar na família. Agora o pai passou por mim e eu vou passar pro meu rapaz agora, pro meu filho também,” afirma Elemer, garantindo que o legado do Chevrolet 1951 permanecerá na família.

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