Ao primeiro olhar, o professor Doglas Bruno Koch, do C.E.I. Luize Heidrich, é apenas mais um entre os muitos que têm ganhado notoriedade nas redes sociais, com vídeos divertidos para crianças no Instagram e TikTok. Mas o que muitos não sabem é a dura batalha que esse educador enfrenta fora das câmeras, em Taió, no Alto Vale do Itajaí.
Doglas é pai de uma menina de 5 anos, diagnosticada com autismo grau 2. A busca por terapias para a filha sempre foi constante. Ele revela que, por um período, chegaram a desembolsar aproximadamente 5 mil reais por mês em um tratamento especializado em Rio do Sul. No entanto, os altos custos tornaram impossível manter a terapia.
Como se não bastasse, a família enfrentou outra dura provação: o diagnóstico de câncer no cérebro de seu pai, aos 65 anos. Apesar dos esforços e dos custos – muitos dos quais saíram do próprio bolso de Doglas – o tratamento não foi bem-sucedido, levando seu pai a falecer três meses atrás. “Foi uma grande luta. Fizemos de tudo para salvar ele”, desabafa o professor.
Em meio a essa avalanche de desafios, as terapias da filha de Doglas tiveram que ser colocadas em segundo plano. Atualmente, ela recebe atendimentos pelo SUS e pela APAE. “Taió não tem muitos recursos para autistas”, lamenta.
Para continuar dando suporte à filha, Doglas recorreu a financiamentos, acumulando dívidas. “Pago também uma Psicopedagoga pra ela três vezes por semana, mas não estou mais conseguindo”, confessa.
A história de Doglas é um lembrete de que, por trás de cada sorriso, pode haver uma luta que poucos veem. Mesmo diante de tantos desafios, ele segue firme, esperançoso e determinado a dar o melhor para sua família.