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Quase 300 alunos dividem 2 salas de aula em cidade de SC: “um ano de abandono”

Um ano após incêndio devastador, alunos de escola catarinense continuam estudando em ginásio improvisado: "fomos abandonados"
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Reprodução / Jornal Razão

Em Angelina, uma pequena cidade na Grande Florianópolis, os alunos da Escola de Educação Básica Norberto Teodoro de Melo encerram o ano letivo de 2023 em um cenário desolador. Desde o grande incêndio que devastou parte de sua escola, eles têm frequentado aulas em um ginásio de esportes improvisado, sem perspectivas de melhoria.

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Sem ginásio de esportes, não há mais aulas de educação física. Os alunos brincam neste corredor, dividindo o espaço com as mesas de tênis e pebolim

“Sem esperanças” é como descrevem a situação, com o Governo de Santa Catarina ainda não tendo direcionado a ajuda necessária. A comunidade escolar, composta por pais, estudantes e moradores do bairro Barra Clara, expressa incredulidade e tristeza. “Esse lugar já foi e é ainda a segunda casa de muitos sonhos e lembranças, agora em cinzas”, relata um ex-aluno nas redes sociais.

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O ginásio, localizado do outro lado da rua da escola destruída, tornou-se o refúgio precário para esses alunos. Lá, o frio intenso do inverno e a falta de segurança são desafios diários. Durante os ataques em Blumenau, com o medo de que o mesmo pudesse ocorrer em outras cidades catarinenses, os pais se desesperaram e não queriam mais enviar seus filhos para as aulas, forçando a comunidade escolar a adotar ainda mais medidas improvisadas.

“Sem contar o problema das goteiras! Lá no ginásio é pior ainda, é um local com muito barulho, então é aprendizagem zero, porque o professor não consegue explicar, o aluno não consegue escutar o professor, o professor não conseguiu escutar o aluno, é um lugar completamente inapropriado”, desabafa uma professora.

Sala de informática virou sala de aula. Computadores dividem espaço com os 270 alunos

Neste ambiente de abandono, 270 alunos, divididos entre a rede estadual e municipal, buscam manter seu aprendizado. As condições são precárias: apenas duas salas de aula sobreviveram ao incêndio, uma delas sendo um laboratório de informática que agora serve também como sala de aula. A falta de espaço adequado é extremamente prejudicial aos estudantes.

“Na verdade, apenas uma única sala está adequada dentro da metragem exigida para a quantidade mínima de ensino para os alunos”, conta a profissional.

A gestão da escola, antes compartilhada entre as redes estadual e municipal, agora enfrenta desafios logísticos. Uma cozinha que não pôde ser transferida para o ginásio obriga os alunos a atravessarem a rua para as refeições, aumentando os riscos de segurança.

“Acham que é uma escola pequena do interior, não tem muito aluno, mas o aluno do interior tem o mesmo direito do aluno da cidade. De ter uma escola digna, decente”, desabafa uma das responsáveis pela administração da escola.

Este caso não é apenas uma história de perda e adversidade, mas também um reflexo da desigualdade no sistema educacional. Os estudantes e a comunidade da EEB Norberto Teodoro de Melo em Angelina lutam não só pela reconstrução de um prédio, mas pela garantia de seus direitos a uma educação de qualidade e um ambiente seguro e propício para o aprendizado.

À medida que 2023 chega ao fim, a esperança de uma solução para a EEB Norberto Teodoro de Melo permanece em suspense, com a comunidade aguardando ações concretas do Governo do Estado de Santa Catarina.

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