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Professora de Bombinhas diz que SC é o estado “mais nazista do Brasil”

Em sala de aula, professora afirmou que Santa Catarina é onde tem mais nazistas no Brasil e ainda afirmou que Bolsonaro quer "exterminar pessoas trans"
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Reprodução / Redes sociais

Em vídeo divulgado na última quarta-feira (24), o deputado estadual de Santa Catarina, Jessé Lopes (PL), expressou indignação com declarações de uma professora da Escola de Educação Básica Prefeito Leopoldo José Guerreiro, localizada em Bombinhas. Segundo o deputado, a docente teria afirmado em sala de aula que Santa Catarina é o estado mais nazista do Brasil.

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Lopes informou que irá acionar o Ministério Público e a Secretaria Estadual de Educação, sugerindo o afastamento da professora e a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra ela. Além disso, acusou a professora de utilizar linguagem imprópria em suas aulas.

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A situação surge na mesma semana em que um dos maiores jornais do país publicou uma reportagem que associou o sobrenome ‘Heil’, comum em Santa Catarina, à apologia ao nazismo. Essa publicação também acusava de forma caluniosa uma cidade catarinense de ser nazista.

Alunos da professora, que ensina história, confirmaram as denúncias nas redes sociais. Um áudio da professora, obtido por nossa equipe de reportagem, foi analisado para entender suas afirmações e posicionamentos.

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No áudio, a professora defende que cada pessoa deve defender a classe social à qual pertence, afirma ser usuária de serviços públicos e repudia preconceitos, como o racismo. Ela também critica o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores, afirmando que querem “exterminar pessoas trans”, além de mencionar a polêmica sobre o uso de cloroquina no combate à COVID-19 e a disseminação de fake news.

Por fim, a docente questiona por que, se o ex-presidente queria “exterminar pessoas trans”, não o fez durante seu mandato. No encerramento de seu discurso, sugere que algumas pessoas desejam protegê-la.

Jessé Lopes, por sua vez, caracterizou essas afirmações como inaceitáveis em um ambiente escolar, defendendo que a professora deveria ser responsabilizada.

Até o momento, nem a Escola de Educação Básica Prefeito Leopoldo José Guerreiro, nem a Secretaria Estadual de Educação ou o Ministério Público emitiram comentários oficiais sobre as denúncias. O caso segue em investigação.

Veja a transcrição do áudio na íntegra:

“Se tu é um burgues e rico, tá certo, tem que defender a sua, né? Cada um tem que defender a classe que pertence. Eu sou pobre, estudei em escola pública, uso a farmácia popular, uso o SUS, né? A minha filha se formou em universidade pública. Não trato ninguém com preconceito, não trato, tenho nojo de preconceito, racismo. Isso não sou eu que estou falando, é ele mesmo que falou, tem vídeos, tem mil vídeos falando, entendeu? Mostrando o que o Bolsonaro pensa das pessoas, da vida dos pobres, entendeu? Eu, pra mim, eu serve, nunca vai servir esse tipo de posicionamento político. E acho que não fez nada, nada. Olha, arma, defender arma, sabe? O que tu vai fazer? Vai pegar uma arma, vai dar um tiro no vírus? Contra a ciência, terra plana, antivacina, antivacina, contra a… Cloroquina, queria enfiar na gente? Enfiou, monta que a gente tomou isso aí. Melhorou, caralho, isso eu quero ver a ciência provar isso aí. A gente aqui estuda ciência. Não, isso aí, ó, isso aí é mentira do WhatsApp, mentira do WhatsApp. Ah, e tu você falou também no Facebook? Não, eu sou cientista política, a gente tem que estudar. Agora tu fica no WhatsApp porque o fulaninho falou, porque não sei quem da igreja falou? Aí, meu Deus, ainda não deu um lugar nenhum. Eu concordo com a Ganesh, todas as cenas que vocês vão ver, eu concordo com a Ganesh. E a Brindônia, porque hoje que é dia de viagem, foi comemorada, já teve dois anos. E pra gente, olha, isso aí é fake news, param isso, você tem que estudar. Porque tem vídeo, tem vídeo pra todos os caras. Agora o Bolsonaro vai ser presidiário também, vai ter um monte de gente presidindo. Não, não precisa ser presidente não. Ué, ela é isso aí, prometi, ela é isso aí, prometi. Isso é um mito, gente. Olha você, essa menina aqui, ela é um exemplo, entendeu? Ele já quer, ele já quer. O Bolsonaro quer exterminar pessoas, os bolsonaristas querem exterminar pessoas trans. Não, não, não. Ele passou quatro anos por dentro, por que ele não fez isso? Mas muitas pessoas fizeram, muitas pessoas fizeram. Sempre? Acabou, só falei isso porque o Jorge vai vir falar que não é lugar pra ele. Querem me tomar, querem me proteger. Aqui é o berço do nazista. Aqui sai tudo quanto é coisa de nazista. É altíssimo nesse estado. O índice de violência contra a mulher é altíssimo em Santa Catarina. Exploração de mão de obra! Esse senhor da Havan. Eu posso levar até um tiro dos pais de vocês. Eu tenho medo. Sair defendendo  comunismo num estado em que 70% é fascista? Não existe comunismo no mundo ainda, mas eu queria que tivesse igualdade. Não tem país comunista”, disse a mulher, entre outras afirmações, nos três áudios vazados.


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