A temporada de colheita de maçã em Santa Catarina começou esta semana, trazendo um impulso significativo para a economia local. Fruticultores dos municípios catarinenses estão aumentando a contratação de mão de obra e abrindo seus pomares para visitantes de diversas regiões, que chegam para apreciar a qualidade superior das maçãs produzidas no estado. Conhecidas por seu equilíbrio nutricional, as maçãs catarinenses se destacam pelo sabor, textura e acidez na medida certa.
Santa Catarina não só é líder nacional em volume de produção de maçãs, mas também é renomada pela qualidade excepcional das frutas, que apresentam doçura, crocância e suculência. Essa reputação é resultado de anos de esforços conjuntos no controle e erradicação de pragas, especialmente a Cydia pomonella, conhecida como traça-da-maçã, que ameaça não apenas maçãs, mas também outras frutas.
A erradicação bem-sucedida da Cydia pomonella, através do Programa Nacional Prevenção e Controle da Cydia pomonella (PNPCCP) iniciado na década de 1990, levou o Brasil a ser reconhecido como uma “Área Livre da Cydia pomonella” em 7 de maio de 2014. Este status é um marco importante para a fruticultura brasileira e destaca o compromisso de Santa Catarina com a sanidade dos pomares e a qualidade dos produtos.
Além do impacto na produção de frutas, a cultura da maçã tem um papel vital na sustentabilidade socioeconômica do estado, beneficiando especialmente as regiões de Fraiburgo e São Joaquim. Essas áreas se tornaram referências na produção de maçã, contribuindo para a renda das pequenas propriedades, fortalecendo a agroindústria e aproveitando as condições climáticas favoráveis à fruticultura.
Roberta Duarte Ávila Vieira, engenheira agrônoma, ressalta o orgulho de Santa Catarina em liderar a produção nacional de maçãs, garantindo a excelência do produto e a integridade dos pomares. A fruticultura catarinense se estabelece como um modelo de qualidade, sanidade e sustentabilidade.
Manter o estado livre da traça-da-maçã exige vigilância constante e um esforço colaborativo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e os produtores rurais, garantindo a continuidade do sucesso da fruticultura em Santa Catarina.
