back to top

Últimas

― Advertisement ―

spot_img
InícioCulturaTijucas tinha 120 veleiros em sua orgulhosa marinha mercante

Tijucas tinha 120 veleiros em sua orgulhosa marinha mercante

Quando os Europeus chegaram ao Vale do Rio Tijucas encontraram apenas o rio, muitas lagoas, extensos bancos de areia, muitos animais silvestres e exuberantes florestas. Não havia ruas, apenas as trilhas indígenas, as picadas feitas por animais e o traçado quadriculado onde é hoje o bairro da Praça, formado por três longas ruas no sentido […]
Compartilhar:
Acervo / Jornal Razão

Quando os Europeus chegaram ao Vale do Rio Tijucas encontraram apenas o rio, muitas lagoas, extensos bancos de areia, muitos animais silvestres e exuberantes florestas. Não havia ruas, apenas as trilhas indígenas, as picadas feitas por animais e o traçado quadriculado onde é hoje o bairro da Praça, formado por três longas ruas no sentido Sul-Norte, iniciando às margens do Rio Tijucas, e entrecortadas pelo projeto de várias ruas no sentido perpendicular (Leste-Oeste). O governo da província tinha planejado o centro do futuro vilarejo antes de iniciar a sua povoação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Jornal Razão está no WhatsApp!

Quer ser o primeiro a saber? Se inscreva no canal do Jornal Razão no WhatsApp!

O Rio Tijucas era a principal vértebra do futuro vilarejo. Além da água, peixes e condições para o desenvolvimento da navegação, ao longo dos milênios depositou lama sobre as extensas planícies tijuquenses, tornando muito férteis essas terras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEteste

Assim, os primeiros colonizadores tinham peixe, caça e terras apropriadas para cultivar e sustentar suas famílias. A madeira para a construção das casas e dos móveis, bem como para fabricar embarcações, carroças, carros de bois, engenhos e outros utensílios, também estavam ao alcance das mãos. A carência de tijolos e telhas foi logo suprimida pela argila do subsolo tijuquense.

As riquezas naturais facilitaram o início da vida no novo continente para as famílias que vinham da Europa, mas o espírito mercantilista dos imigrantes logo vislumbrou a chance de começar a ganhar dinheiro com o extrativismo e a produção agrícola.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEAqui vai Publi

Hoje é até intrigante entender como aquela gente conseguiu superar tantas adversidades. As embarcações eram literalmente feitas a facão. Cortavam as árvores a machado e as traziam até a beira dos rios em carros de bois, onde eram transformadas em balsas amarradas com um cipó chamado imbira.

Tempos de ouro

Com o passar do tempo foram construídos engenhos usando-se a força da água das cachoeiras para movimentar as cerras e transformar as toras em tábuas, também carregadas por bois ou pela água dos riachos até a beira do Tijucas Grande, onde foram implantadas as instalações para montar e botar na água as balsas de toras ou de tábuas. Esses locais receberam nomes como Porto da Itinga, Porto da Galera, Porto do Moura e Porto de Morretes, este último onde está hoje o bairro Pernambuco.

Nos anos áureos a Marinha Mercante Tijuquense chegou a ter mais de 120 grandes veleiros transportando madeira, açúcar, arroz, café, farinha de mandioca, fubá, feijão, melado, cachaça, mel, banha, linguiça, peixe seco e até matéria prima para a fabricação de tintas. A cidade passou a viver um período glorioso, de muita riqueza.

Este artigo integra o especial “Tijucas: passado, presente e futuro”, do Jornal Razão. Clique aqui e saiba mais. 


Mais Lidas

Notícias
Relacionadas

Surreal Park Orgulhosamente apresenta seu Arraial Surreal em 21 de Julho

O evento diurno para todas as idades com atividades para famílias, amigos e pets

Professor de Muay Thai que estuprava aluna em Canelinha responderá em liberdade

O Poder Judiciário de Tijucas sentenciou um instrutor de artes marciais por crimes gravíssimos de estupro de vulnerável.

Confira os nomes dos selecionados do Santa Catarina Canta

As audições ao vivo começam neste sábado (6), pela região Oeste de Santa Catarina e são abertas ao público

Pescador perde perna em grave acidente, vence a dificuldade e mantém tradição de família

Neste dia 29 de junho, em que se comemora o Dia do Pescador, vamos conhecer a história inspiradora de João Plácido Vieira Jr., um verdadeiro guerreiro do mar. Aos 31 anos, João reside no bairro Santa Lídia, em Penha, no Litoral Norte Catarinense, e se destaca por sua determinação e amor à pesca, mesmo enfrentando grandes desafios.