Adhemar Carvalho foi umas das figuras mais emblemáticas da história tijuquense.
Nascido no ano de 1900, foi casado com Marcia Pacheco, sete anos mais nova que ele. Tiveram seis filhos: Davina, Ivone, Clelia, Dalva, Adhemar e Iolanda. Teve ainda outros filhos fora do casamento e depois de enviuvar, entre eles Aurelino (Lelo do Besc) e Vera.
O famoso aventureiro prestou um relevante serviço ao país: era fornecedor de serpentes capturadas no Mato Grosso para o Instituto Butantã, de São Paulo, destinadas a fabricação de antídotos para a picada de cobras (soro antiofídico).
Em razão disso recebeu o apelido de Adhemar das Cobras. Nas foto que ilustram essa matéria, Adhemar segura uma cobra com as próprias mãos e, na outra, registrada no carnaval, o que parece ser um menino no cavalo ao meio, pode ter sido um boneco, feito para “farra” carnavalesca.
Viajando pelos quatro cantos do país, tocava sanfona em praças públicas e apresentava animais exóticos, entre eles cobras gigantescas, galo de três pernas, boi de cinco patas, suçuarana enjaulada, carneiro que andava como um coelho e muitos outros. Faleceu em 1987.
No vídeo histórico (assista ao final da matéria), cuja autoria é desconhecida, Adhemar das Cobras toca em seu acordeão a música ”Branca”, de Zequinha de Abreu, para Maria Gallotti, em Tijucas, no Casarão Gallotti, em 1972.
Em sua homenagem a Câmara de Vereadores de Tijucas denominou de Adhemar Carvalho uma avenida que inicia na Marginal Oeste da BR-101, ao lado da Churrascaria do Nico, e que está projetada para se estender em direção ao bairro Universitário.
Adhemar Carvalho contou muitas histórias de Tijucas para seu neto, Edson Carvalho Bayer. Edson é colunista do Jornal Razão e dará continuidade ao trabalho de Leopoldo Barentin (1965 – 2021) na coluna Fundo do Baú.