A temporada de pesca artesanal da tainha, que teve início em 1º de maio, termina nesta segunda-feira (31) com um número recorde de capturas. Segundo o “Tainhômetro” da prefeitura de Florianópolis, mais de 257 mil tainhas foram pescadas durante o período, um aumento de 178% em comparação com o ano passado.
De acordo com a tradição, pequenas embarcações das comunidades locais lançam redes de cerco no mar para capturar os cardumes de tainha. Após a captura, a rede é arrastada até a areia da praia.
Nesta temporada, a Praia da Lagoinha do Norte liderou o ranking com 61.186 peixes capturados, seguida por Naufragados com 45.001 e Gravatá com 23.416. Segundo Adriano Weickert, subsecretário de Pesca, Maricultura e Agricultura de Florianópolis, o número de capturas deste ano superou o recorde de 2021, quando foram pescadas 215 mil tainhas.
Apesar do atraso na chegada dos peixes devido às condições climáticas, o volume de capturas deste ano excedeu as expectativas e beneficiou a maioria dos ranchos de pesca, afirma Weickert. Para o próximo ano, a expectativa é de que a pesca artesanal continue produzindo uma quantidade significativa de peixes, embora haja movimentos para o retorno da pesca industrial e uma reavaliação das cotas de pesca anilhada.
A safra da tainha em Santa Catarina foi marcada por controvérsias, principalmente em relação à pesca anilhada, que foi encerrada em 22 de junho, após o estado atingir a cota federal de 460 toneladas. Neste ano, o governo federal reduziu o volume permitido para esta modalidade de 830 toneladas para 460 toneladas e proibiu a pesca industrial, justificando que tais medidas são necessárias para a sustentabilidade da atividade e o equilíbrio da espécie. Essas restrições foram contestadas pelo governo estadual, que inclusive recorreu à justiça, mas teve seu pedido de revisão negado pelo Tribunal Regional Federal (TRF4).
Fonte: NSC TOTAL