Horas após anunciar a compra do Twitter, o bilionário Elon Musk assumiu o controle da empresa e demitiu os diretores. Após meses de uma série de idas e vindas, o homem mais rico do planeta demitiu o diretor-executivo da companhia, Parag Agrawal, e outros dois altos executivos, segundo o Washington Post.
Na manhã da última quinta-feira (27/10), Musk confirmou a compra da rede social e compartilhou a motivação no investimento de US$ 44 bilhões. “A razão pela qual eu adquiri o Twitter é porque eu acho ser importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum, onde uma ampla gama de crenças pode ser debatida de forma saudável, sem recorrer à violência”, tuitou o novo proprietário da rede social.
“É por isso que eu comprei o Twitter. Não fiz porque seria fácil, não fiz para ganhar mais dinheiro. Fiz para tentar ajudar a humanidade, reconhecendo que o fracasso em perseguir esse objetivo, apesar de nossos melhores esforços, é uma possibilidade muito real”, completou.
Musk tinha até esta sexta-feira para fechar a compra da rede social, caso contrário um julgamento seria realizado em novembro. A operação se alongava desde que, no fim de abril, o empresário lançou uma oferta de compra por 44 bilhões de dólares, que o Twitter aceitou com relutância.
Musk tentou reverter unilateralmente o negócio no começo de julho, acusando a empresa de ter mentido para ele, mas o conselho de administração da rede social levou o assunto aos tribunais, até que sinais de que a operação estava finalmente em curso se multiplicaram ao longo da semana.
Futuro da civilização
Musk tentou tranquilizar os anunciantes ao declarar, nesta quinta-feira, que deseja permitir a expressão de todas as opiniões na rede social sem torná-la uma plataforma “infernal” onde tudo será permitido.
“É importante para o futuro da civilização ter um espaço público on-line no qual uma grande variedade de opiniões possa ser debatida de forma saudável, sem recorrer à violência”, destacou o empresário em mensagem destinada às marcas responsáveis pela maior parte da receita do Twitter.
Musk afirmou aos anunciantes que não procura “ganhar dinheiro” com a compra, e sim “tentar ajudar a humanidade”. “Além de respeitar as leis, nossa plataforma deve ser acolhedora para todos”, enfatizou.
Em termos comerciais, Musk sustenta ser essencial que a empresa exiba anúncios que correspondam “às necessidades” dos internautas.
Após a compra, “a cultura da empresa poderia mudar profunda e rapidamente”, indicou Adam Badawi, professor de direito da Universidade de Berkeley.
(Com informações da AFP)