A família da bebê que morreu após o parto no estacionamento do Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, expressou sua indignação e dor em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (24). Alessandro, pai da recém-nascida, e Milza, avó materna, compartilharam detalhes do ocorrido e lamentaram o desfecho trágico.
Alessandro relatou que, ao longo da gestação, a mãe da bebê, Thiara Rafaela, foi enviada para casa várias vezes pela equipe médica, mesmo após a apresentação de sinais de que o parto poderia estar próximo. Ele destacou que, no retorno ao hospital, por volta das 7h25, a bebê nasceu dentro do carro no estacionamento. “O bebê começou a nascer no carro e uma enfermeira veio para finalizar o parto”, disse ele durante a entrevista.
Segundo o pai, a gestante chegou a realizar exames que indicaram irregularidades nos batimentos cardíacos do bebê, mas a equipe médica teria atribuído o problema a uma falha no equipamento, o que causou ainda mais desconfiança por parte da família. Alessandro também mencionou que, embora Thiara tivesse considerado um parto normal, o procedimento foi negado sob o argumento de que ela já havia passado por partos normais anteriormente.
Durante o depoimento à rádio, a avó Milza também expressou sua tristeza e revolta. Ela disse que a família, abalada com a perda, ficou “transtornada” no hospital. Em outro momento, Milza contou que a irmã de Thiara foi impedida de entrar no hospital para prestar apoio à família, o que gerou um desentendimento que culminou com o acionamento da polícia.
Além disso, Milza revelou que a diretora do hospital Ruth Cardoso, Syntia Sorgato, teria solicitado que o boletim de ocorrência registrado pela família fosse retirado. Essas declarações trouxeram à tona novas preocupações dos familiares em relação ao atendimento prestado à mãe da bebê.