Um fóssil raro, datado de aproximadamente 270 milhões de anos, foi descoberto durante uma caminhada religiosa em Major Vieira, no Planalto Norte catarinense. A descoberta foi uma surpresa para um grupo de peregrinos que estava percorrendo mais de 130 quilômetros pela região.
O fóssil foi identificado como uma antiga conífera, um ancestral dos pinheiros e outras espécies modernas. A descoberta ocorreu em maio deste ano, quando Ezequiel, um dos participantes da caminhada, encontrou o fóssil na localidade de Pulador. Inicialmente levado para casa, o valor histórico do achado só foi compreendido posteriormente.
Luiz Carlos Weinschutz, pesquisador da Universidade do Contestado, explicou ao Portal ND+ que o fóssil pertence a uma árvore conífera muito primitiva. “Embora relativamente conhecido entre os cientistas, trata-se de um fóssil raro, encontrado em poucas localidades”, afirmou Weinschutz. Até o momento, esse tipo de fóssil foi registrado apenas em áreas de Major Vieira, Irineópolis, Canoinhas e Três Barras.
Weinschutz também destacou a importância do achado para entender a história geológica da região, que há milhões de anos era coberta por florestas e rios. Essa descoberta fornece valiosas informações sobre a flora que existia no período Permiano.
O arquiteto Leandro Castro, ao tomar conhecimento do valor do fóssil, decidiu doá-lo para a Escola Luiz Davet, permitindo que professores e alunos possam estudar e observar de perto essa relíquia da pré-história.
Este não é o primeiro achado significativo na região. Em 2020, a seca do Rio Negro revelou parte da estrutura de um Mesossauro, um réptil aquático que viveu há cerca de 280 milhões de anos, evidenciando ainda mais a riqueza paleontológica do Planalto Norte catarinense.
A descoberta do fóssil em Major Vieira ressalta a importância de preservar e estudar nosso patrimônio natural, fornecendo uma janela para o passado remoto da Terra.