O caso foi registrado na noite desta quinta-feira (29), na rua Oscar Schroeder, no bairro Barra do Rio Cerro.
O entregador contou para a reportagem do OCP que foi até o local para levar uma barca de sushi por volta das 19h40.
“Eu cheguei para fazer a entrega para o cliente, mas ele não estava em casa no horário. Porém, ele iria chegar logo depois. A moça que me recebeu demorou porque estava lavando a louça e eu buzinei algumas vezes. Ela pediu desculpas pela demora e eu pelas buzinadas, mas essa é a única forma que eu tenho de identificar a minha chegada”, conta o entregador.
Enquanto a mulher realizava o pagamento da encomenda, um homem veio correndo de dentro da residência.
Segundo o motoboy, ele estava gritando, proferindo xingamentos e iniciou as agressões.
“Ele pulou o muro e me deu uma voadora no peito. Ele veio pra cima de mim, como mostra no vídeo. Depois da voadora, eu comecei a gravar. Eu larguei a maquininha do comerciante no chão. Ele veio, meteu uma bicuda e ficou me xingando. Quando eu estava tirando o capacete, ele foi pra cima da minha moto. Eu continuei a gravar, mas o vídeo ficou meio cortado”, explica.
O entregador conta que não revidou as agressões e chegou a pedir para os colegas não irem até o endereço.
Porém, ele não conseguiu impedir os mais de 50 motoboys que participaram do buzinaço.
“Eu conversei com o verdadeiro cliente, que chegou logo após apartando a briga, e é irmã do cara que me bateu. O cara é super gente boa, me atendeu muito bem. Em um áudio, ele autorizou a gente a fazer esse alvoroço e comentou: ‘é contigo hoje e amanhã pode ser com outro’”, relata.
O motoboy conta que estava desde às 9h trabalhando e iria continuar até cerca de 23h.
Ele ficou chocado com a agressão, pois trabalha há muito tempo no comércio e isso nunca havia acontecido.
“Eu fiquei em choque, fiquei sem reação. Eu não soube o que fazer, só pegar o telefone para começar a gravar. Eu estava tremendo, prestes a ter uma crise de ansiedade. Não foi pior porque eu tinha tomado os remédios’”, lamenta.
“A nossa vida é corrida, é complicada e a gente ainda tem que ficar aguentando esse tipo de gente? A gente corre de baixo de chuva para levar a comida quentinha e bonitinha para os caras e é recebido dessa forma?”, questiona.